domingo, 28 de agosto de 2011

Minha Mulher

Quando você vem, minha boca saliva de desejo,
Nos teus seios fartos, rijos, morro por um beijo,
Crio um atrito, um afago, um carinho, um olhar;
Em suas curvas me encanto! soa seu perfume no ar.

Por tua boca minha boca tateia imensamente,
Num acorde inenarrável e intenso da pele fervente,
Grito! Tentando me expressar por toda ofegância,
Busco agradá-la no máximo, me souo de ganância.

Confesso que me perdi no caminho de seu prazer,
Na menina colorida, moça transparente, irrelusente e atraente;
Na batida perfeita, coerente, que seu corpo, no meu corpo pode ter.

Já sei que seu amor me torna puro, contente;
Que o contorno exato de seus lábios pode ver,
E que minha alma, sem recusa, se renderá eternamente.

John

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Longe Lembrança

Quero lhe falar tristeza,
Que em tu encontrei,
Uma dor fora da minha natureza,
Pagamento do que não pequei,
Dentro da memória, com clareza
Do sofrimento que nunca causei.

Ví, relí, viví
Nossos fatos (teus fatos), deprimentes,
Uma semana, um mês, teu, da gente,
Tudo que nunca quis, me perdi,
Fui buscando teu corpo, teu dorso,
Meu medo, teu segredo e encontrei
Tristeza tão grande que não acreditei,
E me enfeiticei na pureza tua
De uma verdade que nunca presenciei.

John

Minha amiga...

Você não sabe meus motivos
Não quis ler o que estava escrito
Chora por um desejo, uma ilusão
Como que fosse alma sem coração
E, minha menina, você cresceu assim
Viveu sem se lembrar de mim
Se escondeu atrás de falsos amigos
Criou seu universo em torno de enimigos!

Quer culpar-me por sua tristeza?
Você quer é me colocar no motivo das ingratidões,
das lágrimas perdidas, dos desejos inalcançados,
do afeto falso e indesejado que lhe trouxeram.
Meu bem, você quer toda a desgraça que não tenho,
que não lhe dei, que nunca lhe desejei.
E vai corroer em sua cabeça essa ferrugem,
Essa doença que está dilacerando seu peito, eu sei,
Até que você perceba a besteira que faz consigo.

Gosto de você uniformemente, sinceramente
E seu sorriso me cativa, satisfaz a mente
Pena eu ter gostado de uma pureza inexistente
De uma menina linda, triste e inocente.
Me afasto por não ter onde prosseguir
Não sou seu bom amigo, não sei mentir
Poderia criar em você mais uma ilusão
Mas não tenho coragem de enganar seu coração.
No final você terá vergonha, medo, receio
De mostrar minha existência à seus parceiros
Porque, na verdade, por mim você não sente nada,
Nenhuma paixão, nenhuma negação... Pura indiferença.

John